Conhecidas pela sua plumagem exuberante e pela docilidade enquanto animais de estimação, as araras fazem parte da espécie Psittacidae.
Estas aves trepadoras, que podem
atingir os 85 centímetros de tamanho, são originárias de continentes
como a América do Sul e África, onde são encontradas as maiores e as
mais coloridas.
Existem 18 espécies deste animal,
todas com bico forte e cauda comprida em forma de espada. É o bico forte
que permite que elas escavem o tronco das árvores para se poderem
alimentar das larvas dos insectos. Os ninhos são, normalmente,
encontrados em troncos ocos de árvores como a palmeira, ou mesmo no alto
das árvores, mas também aproveitam buracos em paredões rochosos para
pôr os ovos. O ninho abriga apenas uma parte do corpo, ficando a cauda
exposta à vista, tornando fácil a sua localização.
BURACO DAS ARARAS
MATO GROSSO - BRASIL
A época da reprodução começa na
Primavera, quando as araras põem os ovos e esperam depois 24 a 28 dias
para a incubação. Quem cuida de garantir a alimentação, frutas,
sementes, coquinhos, larvas e rebentos de árvores, é o macho.
A plumagem das crias surge após
três ou quatro meses e atingem a maturidade aos seis meses, sendo já
consideradas aves adultas por essa altura. Voam curtas distâncias, mas
locomovem-se muito bem entre as árvores, devido ao formato das patas e
do bico em forma de gancho.
Menos dotadas do que os
papagaios, as araras não conseguem imitar bem os sons dos outros animais
nem a linguagem humana de uma maneira muito fiel, sendo apenas capazes
de aprender algumas palavras isoladas.
Símbolos de riqueza e prosperidade desde o século XVI as araras continuam a ser procuradas como animais de estimação. A sua capacidade de adaptação ao ambiente humano e a sua semelhança, em termos de hábitos, com animais de companhia tão comuns como o cão e o gato, fazem dela uma atracção para os que querem ter um animal doméstico exótico!
Porém, a contínua caça destes
animais e a devastação do seu habitat natural faz com que seja, neste
momento, uma espécie em vias de extinção.
Estão a ser desenvolvidos
esforços pelas autoridades responsáveis pela preservação da fauna nos
países de origem deste animal, para travar esta deplorável tendência.
Para alertar este fenómeno, a indústria cinematográfica de Hollywood estreou em Abril de 2011, um filme de animação em três dimensões com o título " RIO ".
ARARA AZUL
A personagem principal, Blue, é
uma arara azul que é levada de volta ao Rio de Janeiro - seu local de
origem - para acasalar com a última fêmea da espécie.
O tráfico de aves, motivo que leva à extinção de espécies como a arara, é
retratado de maneira a sensibilizar o espectador para esta realidade.
São também evidenciados na película os esforços combinados de governo e
de organizações dedicadas à protecção da vida animal, para resgatar estas
espécies e impedir que desapareçam.
Enfim... chegámos ao ponto de ter de pedir, por favor, que não destruam a
natureza e não extingam as espécies animais, enriquecendo à custa de os
caçar e aprisionar até aos limites em que a natureza já não consegue
regenerar-se.
Chegámos ao cúmulo de termos de fazer filmes de desenhos animados para
sensibilizar as consciências, ditas humanas, como se o Homem fosse o
que afinal é: um ser inconsciente!
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