Políticos e militares, ou traidores da pátria?
Tomaram parte nas suas conspirações, na sua propaganda, nos seus
desfiles, ajudaram-nos na diplomacia e na política. Entre eles houve os
que fugiram ao cumprimento das suas obrigações militares, com a Pátria
em guerra.
Outros, embora tivessem combatido no Ultramar, não o
compreenderam, nem ao seu país, que já então para eles se reduzia ao
rectângulo europeu: na medida em que assim era, o seu serviço tornara-se
mercenário.
Baseado em
sentimentos elevados ou em interesses desprezíveis (a História o
determinará), este comportamento foi um facto.
Como que a justificá-lo,
como que evidenciando necessidade de libertação de um complexo
insuportável, após o 25 de Abril, logo gente dessa intoxicou o nosso
povo, lançando labéus de "colonialismo", "imperialismo", "exploração",
"racismo", etc., etc., labéus que desde há muito o inimigo, em plena
guerra, não encontrava clima para tão impúdica e profusamente gritar.
A chamada "descolonização", com seus trágicos erros e crimes, é a
aplicação daquele desamor, daquela hostilidade para com o Ultramar».
Silvino Silvério Marques (Depoimento publicado no semanário "Rossio" em 29 de Setembro de 1976).
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